Dia de luto e luta leva 5 mil às ruas
Educadores de todo o estado levaram suas reivindicações para as ruas
Milhares de educadores e educadoras lotaram as ruas de Curitiba na manhã de hoje. Com o mote “Governador: compromisso assumido tem que ser cumprido”, professores e funcionários marcharam da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu e lá ficaram em vigília, aguardando a reunião com o governo.
Diversas pautas surgiram através de faixas. Carlos Gomes, funcionário de escola de Guarapuava, reivindica o reajuste e licenças especiais. “Nós também somos educadores e estamos buscando nossos direitos, queremos que o governo corrija essa injustiça”, declara.Neuza de Castro cumpriu o PDE em 2010, e ainda não recebeu o que devia. “A gente fica triste e revoltado, a gente quer o que é direito nosso”, afirma.Wagner Papsti, professor da educação de jovens e adultos revolta-se com a intenção do governo de fechar turmas. “O CEEBJA é fundamental. Nossos alunos são diferentes e não podem ser incluídos na educação regular”, afirma.
Muita gente veio de longe participar. Maria Regina Martins, de União da Vitória viajou quatro horas e meia para chegar até aqui. 160 professores vieram dessa região. “O governo cedeu em alguma coisa ontem, mas isso é o mínimo, queremos que ele cumpra o que prometeu”, afirma, referindo à sanção do reajuste do magistério.
Muitos jovens estavam presentes. Welitton Ferreira, da União Paranaense dos Estudantes explica que “a luta por uma educação pública de qualidade não é só dos professores e estudantes, mas da sociedade em geral”.
E muitos professores pararam de dar aulas, mas não se aposentaram da luta. Gesy Torres, aposentada há 26 anos veio de Londrina prestigiar a data histórica – ela que esteve presente em 30 de agosto de 1988. “A gente sabe que tem dinheiro, que há possilbidade de fazer muita coisa pela educação. Lutamos não só por salários, mas por mais atenção. Só um povo educado pode fazer o Brasil perfeito”, esclarece.
O companheiro Baba, falecido nesta semana, foi homenageado com uma faixa. Na concentração, todos cantaram uma de suas músicas favoritas em coro: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. “Foi um companheiro que sempre batalhou para a melhoria da sociedade e na sua juventude trouxe para nós a importância de lutarmos por uma educação melhor”, conta Cassio Caravalho, da juventude do PT.
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