Quando saímos da área urbana e adentramos locais mais arborizados, com campos e rios, percebemos a diferença do ar que respiramos e uma sensação diferente envolve nosso corpo e nossos sentidos.
A área urbana está saturada por diferentes tipos de poluentes que permanecem na atmosfera das cidades e alteram o ar que respiramos. Poucas vezes nos damos conta dessa situação. Geralmente quando o nosso corpo ou alguém próximo a nós apresenta algum problema respiratório é que começamos a refletir sobre essa triste realidade, que é a imensa poluição na qual estamos cercados em nossas cidades.
As diferentes edificações, ruas asfaltadas, calçadas, alteram a dinâmica natural da circulação e composição do ar que respiramos. O calor do sol sobre o concreto, sobre o asfalto, as sombras dos edifícios e a falta de vegetação, alteram as temperaturas dos lugares e afetam a formação e a direção dos ventos.
Os resíduos lançados na fumaça dos automóveis e das indústrias, contribuem para a ocorrência de desequilíbrios térmicos, gerando inúmeros problemas como a suspensão de poluentes muito próximo da superfície, ocasionando com isso doenças respiratórias, principalmente em crianças, idosos e pessoas suscetíveis a alergias ou que já apresentem alguma debilidade nessa área.
Em regiões onde predomina alguma vegetação como campos ou florestas, esses problemas são minimizados pois esses elementos naturais absorvem a radiação e o calor do sol amenizando a temperatura e impedem também que os poluentes permaneçam suspensos no ar.
A suspensão de poluentes, próximo à superfície, é chamada de inversão térmica e a cada ano é mais comum em diversas cidades, principalmente naquelas que apresentam pouca cobertura vegetal. Nas condições naturais, a atmosfera é mais fria quanto maior a altitude, o que faz com que o ar quente alcance temperaturas mais altas e se disperse pelo vento levando com ele os poluentes. Mas ás vezes essa situação se inverte, ficando a temperatura mais fria em baixo e quente em cima, fazendo com que os poluentes permaneçam próximo à superfície porque o ar frio é mais denso e não se dissipa com facilidade e a cidade então fica com um aspecto atmosférico cinza devido à concentração de micro-resíduos no ar.
Se queremos que nossas cidades tenham qualidade de vida, é necessário repensar o modo como as cidades estão sendo ocupadas, que tipo de mobilidade é incentivada à população usar para seus deslocamentos, que indústrias e atividades estão sendo estimuladas e quais as consequências para a população e o meio ambiente natural.
Mesmo morando em cidades temos o direito a ar com qualidade.
- Você já observou se existe poluição atmosférica na cidade ou no lugar onde vocêmora?
- Você ou alguém que você conhece já ficou doente ou teve algum problema de saúde agravado devido a poluição atmosférica?
- Que soluções, ideias você teria para ajudar a diminuir este problema e tornar o ar da cidade onde moramos mais respirável?
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