A Companhia de Cimento Portland Paraná
No início da década de 1930, um grupo de empreendedores, que investia na exploração de recursos minerais na região de Campo Largo, decidiu construir uma grande indústria de cimento na região de Pinhais. Grandes investimentos foram feitos com vistas à instalação da Indústria de cimento Portland Paraná.
O fato preponderante na escolha de Pinhais para a instalação da fábrica foi a proximidade com Curitiba – o centro consumidor – e com Rio Branco do Sul – a região de exploração do mineral que abastecia a indústria.
A compra da área foi efetivada no início da década de 1930, sendo que em 1933 começou a construção da estrutura que abrigaria a fábrica, bem como de uma vila de 33 casas geminadas para os operários. Paralelamente, foram iniciadas as construções das outras partes constitutivas da fábrica, tanto da parte da produção, como da pesquisa (laboratório) e administrativa.
Outra parte importante da construção da infraestrutura foi a importação (via Paranaguá) de modernos equipamentos da indústria européia. Num primeiro momento (entre 1933 e 1940), realizou-se a construção da infraestrutura local. Num segundo momento (posterior a 1945), foram trazidos os maquinários que haviam sido importados e estavam no Porto de Paranaguá.
A idealização de uma fábrica de cimento no Paraná, na década de 1930, pode ser melhor compreendida se levarmos em consideração a conjuntura da incipiente industrialização que marcou o Brasil nesse período.
Foi justamente na Era Vargas (1930 – 1945) que o Brasil começou a repensar o seu posicionamento de país agro-exportador. Essa época foi caracterizada por uma grande preocupação com a urgente implantação de uma indústria de base (siderurgia, cimento,…) que sustentasse a posterior formação de um Parque Industrial no país, independente do fornecimento da indústria estrangeira.
Outro fator de suma importância, e que veio somar nesse momento, foi o fato de os chamados países industrializados entrarem em conflito – II Guerra Mundial – incitando assim, às idéias de industrialização do país. Ao mesmo tempo em que dificultava a importação, o conflito forçava a implantação de uma indústria nacional. Desse modo, a formação de um parque industrial nacional se configurou como um enorme mercado consumidor para as indústrias de base ( como a de cimento).
No entanto, a despeito de toda a infraestrutura instalada e do potencial mercado consumidor gerado à sua volta, a fábrica (por motivos incertos) não chegou a iniciar as atividades de produção.
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